É inegável o papel do homem como agente de transformação e influenciador do meio ambiente. Em diversos contextos e épocas, surgiram ciclos no qual a sociedade se deparou com doenças que assolaram grande parte da humanidade ao redor do mundo, como gripe espanhola, cólera e peste bubônica.
Atualmente, enfrentamos a pandemia do Coronavírus, doença que começou a se espalhar, mundialmente, desde o começo do ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve que um animal é a provável fonte transmissora do coronavírus em 2020 (COVID-19). Esse novo vírus tem infectado milhares de pessoas ao redor do mundo e teve seu epicentro na cidade de Wuhan, na China, o qual é um dos maiores países do mundo em extensão territorial e número de habitantes. Além disso mantém um comércio de caça e consumo de animais silvestres.
Nesse sentido, vale ressaltar que as doenças transmitidas de animais para humanos vem crescendo à medida que a degradação ambiental aumenta em ritmo acelerado por todo o planeta. Os fenômenos da globalização, expansão econômica, cultural e política, são os primeiros a perderem força. Contraditório, entretanto, fenômenos como este que afetam diretamente o meio ambiente, sofrem as consequências que eles mesmo produzem em virtude da degradação ambiental.
O relatório da Organização das Nações Unidas publicado em 2016, intitulado “Meio Ambiente Saudável, Povo Saudável” (Healthy Environment, Healthy People) ao longo da 2ª Sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA), já discutia o quanto o meio ambiente sofre em virtude da degradação humana em escala local e global. Reforçando assim, como as consequências dessa ação desencadeiam a proliferação de diversas doenças.
A degradação ambiental, destruição de ecossistemas e rompimento das cadeias e ciclo de vida das espécies são os principais fatores influenciadores da proliferação de vírus na atualidade, como o coronavírus. É exatamente em momentos como esse que a humanidade necessita muito mais do que a consciência ambiental da preservação do meio ambiente. Necessitamos de políticas públicas não apenas para saúde e meio ambiente, mas também políticas que atuem em gestão territorial de união coletiva em todo o planeta.
A globalização perversa, termo usado pelo geógrafo brasileiro Milton Santos, não pode influenciar nossas atitudes frente a problemas que enfrentaremos como este. Como detentora dos processos de avanços tecnológicos, a globalização ainda pode ser usada a favor dos agentes que atuam na preservação do planeta. Maior do que um movimento globalizado, detentor de um poder esmagador de culturas e políticas sociais, é a luta por uma sociedade baseada em pautas ambientais importantes, não só para o presente, como também para o futuro do planeta.
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